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Natal

Natal

O sol é o astro rei em Natal, cidade das dunas, das lagoas de águas azuis, da fortaleza dos reis magos e do forró 

 

Natal cresceu muito de uma década para cá. Virou uma bela metrópole com largas avenidas, enormes e envidraçados edifícios residenciais, ganhou uma ponte futurística, mas conservou aquele quê de interior, que nos fascina.

 

A Fortaleza dos Reis Magos, na via costeira (*fotos Marcos Pedroza e Esdras Nobre)

A Fortaleza dos Reis Magos, na via costeira (*fotos Marcos Pedroza e Esdras Nobre)

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Quando estive lá pela primeira vez, por volta de 2005, o aeroporto era simples, não havia filas de buggys para cruzar a lagoa de Genipabu, os hotéis da Via Costeira cheiravam à tinta de tão novos e o Tom do Cajueiro, que depois veio para o Interior Paulista, onde virou secretário de Turismo de brotas, ainda dava shows em meio a imensa árvore que de tão grande foi parar no Guiness Book.

 

O maior cajueiro do mundo

O maior cajueiro do mundo

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Ponta Negra e a Via Costeira

 

Hoje Natal é uma das capitais mais disputadas por gente de todos os Estados e por estrangeiros, que ficam tão apaixonados por esse Estado lá na pontinha do mapa que resolvem comprar apartamentos, casas e fazer de Natal ou de Pipa (* leia no próximo post) seu segundo lar.

 

Ano passado, a convite da Azul Linhas Aéreas voltei a Natal, que já conhecia bem, para ver de perto o que havia mudado. A cidade cresceu, ganhou imensos arranha céus, amplas avenidas mas continua do mesmo jeito ensolarada, brilhante, atraente.

 

O mar de Natal é sim paradisíaco, sem o menor receio de cair num lugar comum. Só de olhar, da janela do quarto do hotel as fortes ondas atingindo a areia e formando aquela camada branca de espuma já dá uma paz infinita.

 

A maravilhosa via costeira de Natal (*foto SETUR-RN)

A maravilhosa via costeira de Natal (*foto SETUR-RN)

 

Morro do Careca - Ponta Negra (*foto SETUR-RN)

Morro do Careca – Ponta Negra (*foto SETUR-RN)

 

Ponta Negra (*foto de Marcos Pedroza e Esdras Nobre)

Ponta Negra (*foto de Marcos Pedroza e Esdras Nobre)

 

Os natalenses lembram que é preciso escolher o mês certo para visitar a cidade, por conta dos fortes ventos. Entre junho e julho costuma chover e em agosto venta muito.  Os outros meses são perfeitos.

 

O aeroporto de Natal,  agora moderníssimo, fica a 40 minutos dos principais hotéis, tanto da Via Costeira como da Ponta Negra (coincidentemente nas quatro vezes em que fui a Natal, sempre fiquei no Ocean Palace).

 

http://www.oceanpalace.com.br/

 

Dele até a Ponta Negra, hoje a praia mais movimentada da cidade e recomendada para os turistas de primeira viagem, é coisa de 10 a 15 minutos de caminhada. Há outras opções de hospedagem nas praias dos Artistas, Areia Preta e até mais distantes, caso de Redinha, a primeira praia depois que se atravessa a ponte. Avalie bem antes de fechar o pacote (*consulte as operadoras de turismo da sua cidade)  e veja se é seguro caminhar à noite, a distância dos shoppings, lojas de artesanato etc.

 

O sol madrugador

 

Natal é uma das melhores capitais em termos de custo-benefício. Os preços são bons e os passeios excelentes – tanto para o sul como para a norte.

 

Como o sol nasce muito cedo, lá pelas 4h30, 5 horas da matina, a ordem é não perder tempo na cama. Café da manhã tomado ou não, vamos que vamos! Um dos melhores guias de turismo de receptivo em Natal é o historiador e turismólogo Nelson Olsen que trabalha para a Luck Receptivo.  Sua dica é infalível: deixe a cortina do quarto aberta e saberá a hora de encontro na recepção.

 

http://www.luckreceptivo.com.br/index.aspx

 

E não é que dá certo? Nada de pedir para o recepcionista nos despertar, nada de celular com alarme. Somente o sol. E que sol.

 

Besunte-se de protetor solar, coloque chinelos ou sandália confortável e parta para os passeios para o litoral norte ou o sul. Todos com emoção. Os guias são credenciados e falam no mínimo dois idiomas incluindo, lógico, o inglês. Enquanto você toma o café da manhã, já estarão enfileirados, aguardando o grupo para os roteiros contratados.

 

Acrobacias não faltarão pelo caminho das ondas fixas e móveis de Genipabu, com direito a fotos no buraco da Jade e outros pontos bem disputados. Os dromedários são uma atração à parte. Você se sentirá como no deserto do Saara, subindo no seu dorso para um rolezinho básico.

 

 Buggy em Genipabu

Buggy em Genipabu

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A areia branca das dunas

A areia branca das dunas

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Jegue para fotos

 

Há ainda lá em cima em Genipabu, jumentos dóceis (chamados de jegues na região) que as crianças amam. São tão bonitinhos que dá vontade de trazer para casa. As fêmeas são produzidas com laço vermelho e rosas no pescoço. Uma fofura!

 

O preço do passeio de buggy para meio ou período integral é tabelado. Por conta disso, nada de se arriscar. Hoje não é mais preciso atravessar o rio Potengi para passar por Redinha e chegar às dunas. Basta seguir pela imponente Ponte Newton Navarro, com arquitetura futurista.

 

Ponte Newton Navarro

Cruzando a Ponte Newton Navarro

 

Vista noturna da Ponte Newton Navarro (*foto SETUR RN)

Vista noturna da Ponte Newton Navarro (*foto SETUR RN)

 

Essa obra de engenharia prova como Natal deu um salto de progresso em questão de pouco tempo. Depois de cruzar cidades e povoados que fazem parte da Grande Natal (São Gonçalo do Amarante e Extremoz,  por exemplo) a primeira parada, em direção ao litoral Norte, a 20 quilômetros da capital, é a Praia de Jenipabu ou Genipabu (as duas grafias são válidas).

 

Praia de Genipabu (*foto Marcos Pedroza e Esdras Nobre)

Praia de Genipabu (*foto Marcos Pedroza e Esdras Nobre)

 

Com certeza o destino mais procurado por conta da beleza da paisagem, das dunas e da lagoa lá embaixo. A força dos ventos faz com que a paisagem nunca seja igual. O que você viu ontem não será o mesmo de amanhã. As dunas móveis mudam de formato, como se o cenário fosse trocado.

 

Almeida que trabalha como bugueiro há anos me disse que aquela faixa de areia de praia que eu avistava às 10 horas da manhã, simplesmente desapareceria horas mais tarde por conta da força da maré.

 

“Lá pelas 4 da tarde, não haverá um só 4×4 que possa atravessar. Mas fique fria! Voltaremos pelo rio, de balsa puxada a mão, pegando depois a rodovia.”

 

Jacumã

 

O Naf Naf para se fartar

 

A paisagem é belíssima, mas é hora de seguir caminho. Bateu a fome? Pare no restaurante Naf Naf, na estonteante praia de Jacumã, para se fartar de camarões, comida regional, suco da terra e depois  relaxar preguiçosamente numa rede ou num dos vários sofás à disposição para os clientes. O som das ondas e toda essa mordomia dão uma leseira gostosa que pode chegar ao sono profundo.

 

http://restaurantenafnaf.com.br/index.php

 

Espetão de frutos do mar (*foto Restaurante Naf Naf)

Espetão de frutos do mar (*foto Restaurante Naf Naf)

 

Área externa do restaurante (*foto Restaurante Naf Naf)

Área externa do restaurante (*foto Restaurante Naf Naf)

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Skibunda e aerobunda 

 

Jacumã é velha conhecida até mesmo de quem nunca foi ao Rio Grande do Norte por conta do ski e aerobunda que volta e meia aparecem nos programas de viagem da TV.

 

Jacumã dista 49 quilômetros da capital. Antes ou depois dos esportes que terminam sempre dentro da água, é possível comprar redes, bordados, toalhas de renda de bilro direto com os artesãos.

 

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As rendeiras e sua obra

As rendeiras e sua obra

 

Há vários por ali. Também funcionam lanchonetes e restaurantes que são uma perdição. Peixinhos, lagostas, camarões são faltam, além de caipiroskas das mais variadas frutas típicas do Nordeste, como o cajá.

 

Comi um espetinho de churrasco de lagosta com manteiga de garrafa  que até hoje, quando lembro, me dá água na boca. No final do ano passado custava R$ 10,00. Super em conta.

 

 

Travessia do rio – Balsa manual no Ceará-Mirim

 

Depois de se esbaldar na lagoa, nas dunas e nos restaurantes, hora de voltar.  A travessia pelo rio Ceará-Mirim é “sui generis”: em balsa manual conduzida por um único balseiro (há até uma associação no local).

 

Não há motor, combustível ou qualquer outra ajuda tipo cabo de aço. Apenas a força dos braços de uma pessoa que se utiliza de uma imensa vara e vai, com força, fazendo com que a balsa se movimente, chegando à outra margem do rio, onde há uma rodovia de retorno a Natal.

 

Durante o percurso, aqui no meio da água, vendedores de artesanato oferecem garrafinhas para acondicionar cachaça, máscaras e outros souvenires feitos com casca de coco reaproveitado. Muito barato: em torno de 5 reais. Se der sede vendem também latinhas de cerveja pelo preço praticado nos supermercados. Precisa mais para ser feliz?

 

*Texto e fotos: Eliane Barbosa (salvo as fotos expressamente ressalvadas)

Eliane Barbosa
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