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DUBROVNIK

DUBROVNIK

Com infraestrutura invejável, o país das locações de Game Of Thrones é uma lição de superação e de surpresas muito agradáveis. Nossa rota começa por Dubrovnik e prossegue nos próximos posts por Zagreb, a capital cujo símbolo é um coração, Split, terra do imperador Diocleciano e pela Ístria, uma toscana à moda croata famosa pela trufa branca e pelo mar azul.

 

Quando estive no país era a véspera da Copa do Mundo de 2014 e os croatas estavam muito felizes por enfrentar, na primeira partida, o Brasil. Os garçons e recepcionistas dos hotéis não tinham esperança de ganhar, mas o que importava era a participação. Mal sabiam que nós, canarinhos, iríamos perder de 7×1 para a Alemanha.

 

Nós superamos e eles, muito mais adversidades. São exemplo em situações de extrema gravidade:

 

A guerra da independência da Iugoslávia foi uma das mais sanguinárias desde a Segunda Guerra Mundial, Dubrovnik foi quase destruída, centenas de jovenzinhos morreram, mas o país conseguiu se reerguer, reestruturar toda sua política e economia e, hoje, oferece uma das melhores rotas turísticas atuais.

 

Imperdível!

 

Dubrovnik

Entrando na Muralha

 

A capacidade de superação dos croatas pós Tito e pós-Guerra da Independência emociona. Em Dubrovnik (a Porto Real do seriado da HBO, que volta com nova temporada em 2017) logo que se cruza o imenso portão Pile (o principal) da Cidade Velha murada, arrepiei ao entrar na sala de fotografias do museu do Palácio Sponza (da Alfândega). Aquela cena retratando as centenas de jovens de 17, 19 anos, lindos, de olhos e pele clara, mortos numa das guerras civis com maior derramamento de sangue da história recente entristece mesmo os mais gelados.

 

Mas importante para quem quer conhecer a história desse país que foi dominado por tantos impérios (otomanos, bizantinos entre outros) até se libertar e dar um salto para o progresso.

 

Saindo dali tudo é uma festa, com multidões de pessoas de todas as partes do mundo sorrindo nas ruas, brindando a vida e interagindo nesse patrimônio histórico e cultural que se manteve de pé, apesar de bombardeios e de um terremoto devastador.

 

Portão - Pile

Portão – Pile (E.B.)

 

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(E.B.)

 

 

Palácios saíram ilesos

 

Merecem olhares atentos a poucos passos do palácio Sponza, o Palácio dos Reitores que abriga o Museu Histórico e Cultural, que foi sede da República de Dubrovnik e a Catedral, que guarda relíquias de São Brás (protetor da garganta e dos cães), padroeiro da cidade (ele nasceu na Romênia mas morreu na Croácia).

 

Igreja de São Brás

Igreja de São Brás (E.B.)

 

Palácio do Reitor

Palácio do Reitor (E.B.)

 

A Catedral fica na rua principal da Cidade Velha onde todos se encontram. A Placa, também chamada de Stradun, é a rua principal do centro medieval murado. Tem cerca de três quarteirões, desembocando na Praça Luza, onde funcionava um mercado. Das muralhas vê-se o Adriático e os telhados do casario antigo. Na Placa 2, fica outro lugar que não pode fugir de sua próxima rota:

 

O Mosteiro Franciscano e Museu – Muzej Franjevackog Smostana (ingressos 30/15 kunas – inteira e meia – das 9 às 18hs).

 

Stradun - Placa

Stradun – Placa (E.B.)

 

Bebendo água na fonte

 

A Fonte Onofrio é outro marco da cidade muralhada: construída em 1438 como parte do sistema de abastecimento de água (tirada a 12 km de distância). Sofreu alguns danos durante o terremoto de 1667, mas ainda restam máscaras esculpidas, com água jorrando de suas bocas que caem dia e noite num tanque de escoamento.

 

Se você se perder, marque o encontro com a turma ali. Ao redor há várias sorveterias e restaurantes.

 

Detalhes da Fonte Onofrio (fotos internet)

Detalhes da Fonte Onofrio (fotos divulgação internet)

 

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(E.B.)

 

 

Mirante São Sérgio e o azul do mar

 

Saia dali e suba de teleférico até o mirante de São Sérgio, onde a vista do mar é um espetáculo. Lá em cima há restaurantes cercados por flores para você brindar a vida, comendo o melhor da gastronomia e bebendo “pivo” como a cerveja é ali chamada.

 

Você pode sair pelo portão Pile construído em 1537 ou pelo Ploce (alternativa quando a cidade está lotada com a chegada de navios).

 

Lá de cima – ou mesmo do alto das muralhas – vai avistar a cor do mar adriático e descobrir que Dubrovnik tem praias lindas, apesar de pequenas em comparação às brasileiras e com pedras como as de Capri (na Itália).

 

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(E.B.)

 

Estendendo varais

 

Dubrovnik tem 43 mil habitantes, com 3 mil deles ainda concentrados na área histórica, onde estendem seus varais em pequenos quintais dos sobrados com telhados restaurados (durante a guerra pela independência a maioria foi bombardeada).

 

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(E.B.)

 

As construções concentradas dentro dessa muralha do século XII (são 1.940 metros de extensão) dividem espaço com bares, restaurantes, lojas de joias e artesanato, sorveterias, igrejas, museus e o iluminado e ensolarado Porto de Gruz, na entrada do portão principal, repleto de navios, que antes já fizeram escadas em vários portos europeus, barcos e lanchas.

 

 

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(E.B.)

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(E.B.)

 

Porto de Dubrovnik

Porto de Dubrovnik (E.B.)

 

Porto Real de Game of thrones

 

Na Primavera e no Verão a cidade ganha uma cor dourada que a torna ainda mais bela. Dentro ou fora da muralha – que foi escolhida para ser Porto Real na série da HBO “Game of Thrones”. Entre varandas voltadas para o mar e paredes de pedra você pode relembrar dos Lannister, da série, que sempre pagavam suas contas e bebiam muito mais vinho do que água.

 

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(E.B.)

 

SAIBA MAIS:

 

  • Patrimônio da Humanidade da Unesco, Dubrovnik, a bela cidade murada debruçada sobre o Mar Adriáticofoi edificada entre os séculos 13 e 15, ao sul da Dalmácia. Resistiu ao terremoto de 1667 e aos ataques da Sérvia e Montenegro, na guerra dos anos 1990.

 

  • A ilha de Lokrum (distante apenas 600 metros de Dubrovnik) também serviu de cenário para o seriado Game of Thrones. As filmagens  foram feitas no antigo mosteiro beneditino, em seus campos e olivais.

 

  • Divisa com a Bósnia: a cidade se torna ainda mais bela quando se sobe até o Monte São Sérgio – com acesso por teleférico – no alto da cadeia das montanhas que faz divisa com a Bósnia (se você for a Dubrovnik por rodovia, precisará apresentar passaporte para ter autorização para cruzar a fronteira) para avistá-la do mirante. Aproveite que já está na Bósnia para conhecer sua capital, Saravejo.

 

Curtindo a vista do alto do Monte Sergio

Curtindo a vista do alto do Monte Sergio (E.B.)

 

  • Joia do Adriático: a melhor época do ano para ir a Croácia é entre junho e setembro, quando o frio praticamente já não dá mais as caras e o sol convida ao desfrute nas ruas, nas praças, em espetáculos ao ar livre.

 

  • Paraíso na terra: a interação entre pedra e luz, seu litoral encantador e a arquitetura barroca surpreende. Cenários que encantaram celebridades como Lord Byron, que a chamou de “joia do Adriático”, e George Bernard Shaw, que a apelidou de “paraíso na terra”.

 

  • Ocupa uma área de cerca de 6 km de norte a sul, oferecendo aos visitantes excelentes hotéis e pousadas, muitos localizados próximos da Cidade Velha (eu me hospedei no Hotel Excelsior), na baía de Lapad, com vista privilegiada das atrações da cidade.

http://hotel-excelsior-dubrovnik.h-rez.com/index.htm?lbl=ggl-en&gclid=COaGrtHzxM8CFRNahgodm8kDgw

 

 

*Texto e fotos: Eliane Barbosa

 

Eliane Barbosa
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